Faltam comunicação e equipe na Polícia Ambiental e Cetesb para efetiva fiscalização

Há duas amarras para a efetiva fiscalização ambiental: a institucionalização da comunicação de denúncias e a eficiência das equipes quanto a respostas tanto na Cetesb quanto no Polícia Ambiental, destacou o promotor Ivan Carneiro Castanheiro durante a audiência pública nesta quarta, dia 28, na Câmara. 

Trocando em miúdos, ambos os órgãos tem respondido prontamente quando o próprio promotor do Gaema entra em contato com seus superiores. “(...) isso não pode ser pessoal: o telefone celular do Ivan para o celular do comandante da Polícia Ambiental local. Isso não faz sentido isso. Isso tem que ser institucionalizado, melhorado e ampliado”, pontuou sobre a Ambiental. 

Sobre a Cetesb, “o problema maior começa com 0800”. “Não adianta você estar implantando aqui [o 0800] porque o funcionário não te atende diretamente, lá na central, e tem que atender. A Polícia Federal já relatou que não consegue. A prefeitura já relatou que não consegue. Nós já tentamos e não conseguimos, então isso precisa ser mudado urgentemente." 

Também houve queixas, além das de Castanheiro, sobre o funcionamento do plantão da Cetesb – que demorou a chegar em Piracicaba para fazer a coleta corretamente de peixes moribundos por não ter plantonista na cidade.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo também foi criticada por não enviar representante para prestar esclarecimentos na audiência.

Flagra da maior mortandade de peixes da história do Rio Piracicaba em 7 de julho
(Foto/crédito: TV Metropolitana de Piracicaba)

NOTA DA CETESB

“A Agência Ambiental de Piracicaba da Cetesb tem atendido diversas demandas e solicitações, respondendo a denúncias, ofícios, reuniões e audiências relativos à ocorrência de mortandade de peixes, porém para não interromper a análise de licenças, autorizações, fiscalizações e as demais atividades não é possível se fazer presente em todas as demandas dessa natureza. A Câmara de Vereadores foi informada previamente à audiência sobre a impossibilidade de a Agência comparecer ao evento. A Cetesb vem atuando de maneira ininterrupta para atender às demandas da região de Piracicaba e, quando necessário, mobiliza equipes de cidades próximas para suporte em ocorrências urgentes e importantes, como foi a da mortandade de peixes que ocorreu no mês de julho. Recentemente, o procedimento de plantão de sobreaviso foi ampliado, tendo sido estabelecido plantões individuais para as Agências Ambientais da região da bacia do rio Piracicaba”, informou o órgão à redação. 

Vale destacar a posição na última frase da nota da Cetesb sobre maior preocupação com Piracicaba. O rio que dá nome a cidade é a foz de um curso iniciado no Estado de Minas Gerais e concentra todo tipo de dejeto das cidades do seu percurso, locais sem saneamento e/ou com emissões variadas de empresas. Em tempo: o promotor pediu na audiência pressão da imprensa e da sociedade a fim de melhorar o serviço por aqui. Parece que a estratégia funcionou.

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