O saldo de empregos gerados na Região Metropolitana de Piracicaba no segundo trimestre deste ano cresceu 18% em relação ao mesmo período do ano passado, seguindo a mesma tendência de todo o Estado e do Brasil. O desempenho nas contratações ficou aquém dos resultados observados no primeiro trimestre deste ano, quando a RMP obteve um saldo 53% superior ao do ano passado.
Os destaques na geração de saldos positivos na região foram os setores: alojamento e alimentação; atividades administrativas e serviços complementares; atividades profissionais, científicas e técnicas; comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; e saúde humana e serviços sociais. Juntos esses setores representaram 41% de todas as vagas formais líquidas do 2º trimestre deste ano.
As contratações na indústria de transformação perderam um pouco a força na geração de empregos – de 19,6% (2 trim./2023) para 14,6% (2 trim. 2024) -, mas ainda se posiciona como um dos setores que mais geram vagas formais na RMP.
A Agropecuária teve uma participação significativa no saldo de empregos no período (32,5%), apesar de não representar parcela significativa do estoque de empregos formais na RMP. Os destaques foram as contratações no cultivo de laranja e cana-de-açúcar e as atividades de apoio à agricultura como a preparação de serviços e terrenos.
Os salários de contratação apresentaram um ganho nominal de 4% e real (descontada a inflação) de 0,03% |
DEMISSÕES
As demissões sem justa causa e a pedido continuam liderando as razões para demissão na região – 41,3% e 41,0%, respectivamente. O destaque é para as demissões a pedido, que vem crescendo ano a ano na região e no Brasil. O boletim de empregos formais do primeiro trimestre deste ano mostrou que essa razão por desligamento havia crescido 15,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
No segundo trimestre deste ano, os desligamentos cresceram quase dez pontos percentuais – alcançando 25,1% contra o mesmo trimestre do ano passado.
Como apontado no boletim anterior, uma das hipóteses para esse fenômeno é um mercado de trabalho mais aquecido, e a consequente busca por uma oportunidade melhor; uma segunda hipótese está relacionada, em partes, ao comportamento do trabalhador que vem decidindo se manter na vaga de trabalho não apenas pela remuneração, mas também pela manutenção da qualidade de vida; e a terceira, a um maior número de jovens no mercado de trabalho, que buscam por vagas mais alinhadas às suas expectativas e trocam de emprego com maior frequência. Na pesquisa feita pelo observatório constatou-se que, de fato, o número de demissões a pedido ocorre com maior frequência na faixa etária de 17 a 30 anos de idade.
O balanço do mercado formal de trabalho na RMP (Região Metropolitana de Piracicaba) para o segundo trimestre deste ano é do Observatório da RMP, grupo de estudos do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP, assinado pelos professores doutores Cristiane Feltre, Eliana Tadeu Terci e Carlos Eduardo de Freitas Vian. Veja mais aqui.
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