‘Prefeito poupador’: 10 áreas públicas têm índices de baixos investimentos acima de 70% do orçamento previsto para 2024

Após metade do ano, a gestão Luciano Almeida (PP) deixou de aplicar em 10 das 17 áreas públicas índices acima de 70% do orçamento previsto para 2024 a cada uma delas. Até junho, ficaram com os caixas cheios Indústria; Habitação; Transporte; Desporto e Lazer; Ciência e Tecnologia; Urbanismo; Agricultura; Direitos da Cidadania; Cultura; e Saneamento – veja ranque na tabela abaixo. No geral, há um saldo para o período de R$ 1,71 bilhão, o equivalente a 62,38% do previsto em investimentos neste ano em R$ 2,74 bilhões. O desempenho da Prefeitura de Piracicaba consta no Relatório Resumido de Execução Orçamentária - 3º bimestre do Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro), órgão do Tesouro Nacional – os dados registrados no governo federal são entregues pela própria administração municipal.

Em porcentagem, a área de Indústria foi a mais precarizada: dos parcos R$ 130 mil destinados, nada foi pago até o fim do primeiro bimestre. Em segundo lugar aparece Habitação: aos 95,31% ‘parados na conta’, com a disponibilização de R$ 4,91 milhões, mas com pouco mais de R$ 230 mil aplicados. A terceira colocada deste ranque é Transporte, com índice de 87,77%, quando a prefeitura utilizou R$ 171,37 mil, deixando ‘esquecido’, até junho, R$ 1,23 milhão.

Vale destacar a queda de 60,59% no orçamento da Habitação entre 2023 e 2024: no ano passado foram disponibilizados R$ 12,47 milhões, valor reduzido para R$ 4,91 milhões. Até o momento, o prefeito Luciano não mandou erguer uma unidade de habitação popular em seu mandato, além de ter desmantelado a Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba).

RANQUE POR R$

Cinco áreas ficaram, até junho, com cifras em três casas de milhões. Por ordem decrescente estão: Saúde (R$ 423,18 milhões); Urbanismo (R$ 351,77 mi); Educação (R$ 327,87 mi); Saneamento (R$ 309,65 mi); e Gestão Ambiental (R$ 146,58 mi). É fato que o baixo investimento público deprecia os serviços à população, da falta do médico no posto de saúde ao professor sem plano de carreira.

Os recursos públicos podem e devem ser aplicados no ano do orçamento a fim de dar suporte, manutenção e não deixar que a infraestrutura se deprecie e a situação de recuperação fique ainda mais complexa no próximo período. O prefeito e todos os secretários municipais foram questionados sobre seus respectivos desempenhos, mas nenhum esclarecimento foi prestado à reportagem.



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