Queimadas engajam vereadores na defesa do meio ambiente e presidente culpa descarte de vidro por incêndios; Piracicaba continua em alerta máximo, aponta Defesa Civil

As queimadas foram tema de discussão entre a vereança na sessão camarária do último dia 26. O pastor Rerlinho (PSDB) puxou o assunto relatando que já vem denunciando incêndios na região do Sete Barrocas desde 2022, bem como retirada ilegal de árvores – ele teve um requerimento aprovado no Legislativo questionando a prefeitura sobre a situação no local. 

A cobrança à Cetesb e à Simap (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente) veio do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL). “Não é fogo que pegou por acaso, mas se vê onde foi destinado, principalmente na da área ambiental protegida. Cadê a fiscalização? Andar de helicóptero sem tomar providência, não adianta, tem que ter fiscalização. A Guarda Rural tem competência e tem que investigar. Algo de errado está ocorrendo. Dizer que ninguém viu é impossível.” 

Silvia Morales (PV/Mandato Coletivo) falou sobre a existência de queimadas na zona rural e destacou a cidade estar sob risco de incêndio. “Nós estamos no mapa de risco e vai ser cada vez mais corriqueiro [o fogo] por mudanças climáticas e a desertificação que vem ocorrendo nos últimos tempos. De fato, temos que preservar o meio ambiente e fico feliz que vários vereadores estão se engajando na luta enquanto nenhum projeto desta linha passou aqui. Precisou a casa pegar fogo e os peixes morrerem.” A parlamentar teve projeto de lei recentemente rejeitado pelos seus pares para preservar APPs (Áreas de Preservação Permanente). 

O presidente da Câmara, Wagnão Oliveira (PSD), e Gilmar Rotta (PDT) puseram-se a defender a ausência de responsabilidade por parte das usinas de álcool e açúcar. Wagnão culpou vidros descartados em plantação de cana por propagarem o fogo. Ambos apontaram ser prejuízo para a indústria do setor bioenergético a recepção de matéria-prima queimada – mas é fato que o fogo aumenta o ATR (índice de açúcar) da cana. 

Rai de Almeida (PT) recordou a fala da ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, de haver uma percepção sobre incêndios coordenados e propositais. O líder de governo na Câmara, Josef Borges (PP), fechou o assunto avaliando o tema do requerimento de Rerlinho ser caso de investigações policial e do Ministério Público e chamou o projeto de Silvia para APP de fajuto.

PREVISÃO

Dia 7, no feriado da Independência, alerta se alastra no Estado de SP
(foto/crédito: reprodução/Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil)

Conforme a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo, a situação para risco de incêndio continua em nível extremo. Na previsão desta segunda, dia 2, até sábado, dia 7, Piracicaba só sai do status de emergência na sexta, dia 6, quando cai para risco de alerta.

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