Vereança está enfurecida com a mudança de endereço do Postão a falta de acesso ao secretário de Saúde

O vereador Paulo Camolesi (PSB) teve uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Marcelo Pinto de Carvalho, sobre a mudança de endereço do conhecido por ‘Postão’ – unidade de saúde SUS no Centro, atrás do Mercadão Municipal. O atendimento no local foi transferido recentemente para a sede da prefeitura e é alvo de críticas porque está longe do TCI (Terminal Central de Integração), dificultando a logística no transporte público para usuários. 

O parlamentar anunciou um convite ao secretário para comparecer à Câmara a fim de explicar à vereança os motivos da mudança. “Ele se prontificou a vir. Acredito que na quinta-feira [dia 29]. Vamos mandar o convite para ele.” O assunto foi puxado na sessão camarária do dia 26 pela vereadora Rai de Almeida (PT). 

“A justificativa dada pelo Poder Público é de oferecer melhor espaço no atendimento à população no Centro Cívico e por isso a mudança. Só que, nesta mudança, a pessoa vai para o Centro Cívico e é encaminhada de volta para atendimento médico no posto. E quando pede exame, volta para passar por atendimento no Centro Cívico. Isso criou um transtorno para as pessoas que tinham a facilidade da proximidade ao terminal e todo atendimento num local só. Precisamos fazer alguma mobilização para que seja revista essa mudança de modo a trazer um atendimento humano.”

 

Atendimento tradicional atrás do Mercadão migrou para prédio da prefeitura
(foto/crédito: Google Street)

'FLOPOU'

Porém, como dizem, a intenção do Camolesi em levar o secretário de Saúde à Câmara, flopou. Na reunião camarária de quinta, dia 29, choveram críticas à Pasta. O presidente da Câmara, Wagnão Oliveira (PSD), disse ter ouvido uma justificativa do Executivo que a centralização na sede da prefeitura poderia trazer mais recursos dos governos estadual e federal. Ele também relatou estar sabendo de uma ordem para o secretário não atender mais a vereança. “É um absurdo, para mim chega a ser um crime uma ordem dessa”, disse Wagnão. 

Gilmar Rotta (PDT) endossou e disse estar há 30 dias aguardando reunião com Pinto de Carvalho. “Quando o Executivo manda projeto de urgência, a maioria aprova e bate palminha. Essa Câmara existe e tem que ser respeitada por todos. Não pode apenas bater carimbo [para a prefeitura]”, comentou Gilmar, recomendando aos seus pares rejeitarem os próximos de urgência, como terceirização do Mirante. 

Até Alessandra Bellucci (AVA), que raramente bate no governo, relatou que o secretário mandou cancelar a castração de cães e gatos para Anhumas porque faltaram remédios. Estavam agendados 50 atendimentos e o preço do remédio para cada cirurgia é R$ 120, relatou a parlamentar, lamentando a situação para um “bairro distante e esquecido”. “Ele vai ter que me engolir”, finalizou Alessandra, sinalizando que contratou uma briga com Pinto de Carvalho.

Secretário teria dado ordem para Pasta não atender vereança
(foto/crédito: Prefeitura de Piracicaba)


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