Se a concessão do Mirante, aquário e elevador turístico seguir como anda a licitação do píer, há muito chão pela frente. A estrutura incendiada em julho de 2021 só ganhou contrato em março deste ano – a NG7 Construções venceu o pregão por R$ R$ 526,20 mil.
O prazo de 150 dias para conclusão da obra terminou em agosto e a empresa recebeu mais três meses da prefeitura para terminar o píer, uma novela longa com mais de três anos – esta informação está no Diário Oficial de sexta passada, dia 4.
Estrutura tinha madeira antichamas (foto/crédito: Danilo Telles/TV Metropolitana de Piracicaba) |
´PRIVATIZAÇÃO'
Já a concessão à iniciativa privada dos espaços turísticos foi publicada na quinta passada, dia 3, no Diário. Com anuência do Legislativo, a lei assinada pelo prefeito Luciano Almeida (PP) revela detalhes e valores dos patrimônios e estruturas municipais.
Está garantida “aos habitantes do Município de Piracicaba” a gratuidade de acesso ao Mirante e aquário Municipal – mas a lei não indica como será o trâmite do cidadão para ter sua entrada franqueada.
O arrecadado pela administração pública será enviado para o Fundo Municipal de Turismo e Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente, na proporção de 50% para cada.
O regramento também indica para a empresa “a observância das normas municipais quanto à preservação de bens tombados do patrimônio histórico e cultural municipal”.
O conjunto turístico foi avaliado R$ 7,99 milhões – ‘uma teta’ a ser entregue praticamente de mãos beijadas para uma empresa devido à exclusividade dos espaços erguidos e mantidos com recursos do povo e abandonados por falta de gestão pública, mas não por falta de dinheiro nos cofres municipais.