A semiótica de Jorginho Aversa em prostração no embate entre seu projeto de apartamentos luxuosos e a preservação da história piracicabana


Jorginho Aversa acompanha reunião cabisbaixo
(foto/crédito: divulgação/web)

A ciência que analisa os sinais dentro de um campo de estudos sobre linguagens verbais e não-verbais coube como uma luva no semblante e postura corporal de Jorginho Aversa Jr., presente na reunião desta segunda, dia 18, na Capital paulista, do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). 

Após uma guinada do colegiado estadual com o relator Eduardo Trani decidindo recentemente por liberar o empreendimento Boulevard Boyes na antiga fábrica de tecelagem fundada por Luiz de Queiroz – anteriormente, o conselho havia votado por unanimidade contra o projeto dos apartamentos de luxo – o grupo de empresários piracicabanos, encabeçado por Jorginho, perdeu o segundo round no mesmo mês de novembro – deixando o projeto imobiliário cada vez mais caro.

Cabisbaixo, Jorginho acompanhou toda deliberação ‘com a cara enfiada nos joelhos’ e só esticou o pescoço quando a dama da história piracicabana, Marly Perecin, apareceu no telão – um vídeo da célebre historiadora foi exibido pelo Movimento Salve a Boyes. 

Ao mesmo tempo que um pelotão de dois grupos de escritórios de advogados conseguiram passar uma meia dúzia de mansões na Barra do Sahy, na Serra do Mar e provavelmente em APP (Área de Preservação Permanente), na divina São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo e arrasada por chuvas nem faz tanto tempo – este caso não tinha nenhuma manifestação da cidade, de populares – a comunidade piracicabana se fez presente e ainda contou com duas chances de paralisar a autorização do Boulevard, mesmo com parecer favorável do Condephaat. 

O presidente do colegiado estadual, Carlos Augusto Mattei Faggin, acatou uma primeira manifestação do movimento pedindo adiamento da votação por correr na Justiça uma ação popular e um inquérito civil no Ministério Público. Agora, cabe ao conselho checar óbices jurídicas que possam prejudicar qualquer votação ou decisão no Condephaat. A previsão é de que o Boulevard volte à pauta do Condephaat no próximo dia 2.

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