Especial Rio Piracicaba: Semae e Usina São José relatam prejuízos com tratamento de água e empresa diz que pagou por retirada de peixes mortos em operação mais eficiente frente ao realizado pelo Poder Público


Usina avalia ter feito serviço superior ao realizado pelo Poder Público quanto à retirada dos peixes mortos
(foto/crédito: reprodução/EPTV/Edjan Del Santo)

Tanto o Semae como a Usina São José prestaram informações sobre custos que tiveram com a tragédia ambiental de julho no Rio Piracicaba. A autarquia municipal de água e esgoto informou à promotoria sobre a necessidade de reduzir a vazão, entre os dias 7 e 10 de julho, do tratamento da ETA (Estação de Tratamento de Água) Luiz de Queiroz – esta estrutura é responsável pela captação de água do Piracicaba e operava na véspera da contaminação, em 6 de julho, com vazão média de 745 litros por segundo (L/s). No período de quatro dias a partir do dia 7, a captação caiu ao mínimo de 595 L/s. 

O Semae indicou que tais “alterações resultaram em redução da vazão diária, em média 133 L/s, durante aproximadamente 72 horas, afetando o volume de água distribuído para a população” e que “no mesmo período, para dar continuidade ao tratamento, houve um aumento de consumo de produtos químicos (alcalinizante em 57%) e necessidade de aplicação de produtos auxiliares (carvão ativado = 1.5 ton.), que não estava sendo utilizado até então”. 

Para colocar a estação fornecendo água ao sistema, os consumos adicionais de cal hidratada foram de 6.685 quilos e de carvão ativado, 1.500 quilos. Os produtos custaram ao Semae R$ 26.953 e horas extras aos R$ 1.309,81 – funcionários tiveram que fazer a remoção dos peixes mortos da Captação 1, e para este serviço atuaram os servidores do Setor de Limpeza e Desinfecção. 

USINA

A Usina São José também informou ao Ministério Público ter tido prejuízos – mas não há dados sobre valores no despacho de outubro. “(...) mesmo ciente de que não foi a causadora do incidente, atendeu a uma solicitação da Cetesb para realizar a limpeza do rio na APA Tanquã, contratando de forma emergencial uma empresa especializada para remoção dos peixes mortos, (...) serviço que se mostrou mais eficiente em relação àqueles prestados pelas autoridades públicas. Os altos custos incorridos com essa operação de limpeza foram arcados pela USJ em virtude da sua boa-fé e compromisso com a preservação do Meio Ambiente, mesmo considerando que ainda está sob recuperação judicial e retomou suas operações há menos de 6 (seis) meses”, disse a empresa.

Postar um comentário

Mantenha o respeito e se atenha ao debate de ideias.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato