Matéria da coluna Radar, publicada pela Veja, lista empresas do esquema, entre elas, a Klabin (foto/crédito: divulgação) |
Sobre a nova investigação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) quanto a troca de informações de 33 multinacionais sobre dados de trabalhadores e possível formação de cartel, a Klabin respondeu, por meio de nota, à redação. “Até o presente momento, a Klabin não foi notificada pelo Cade sobre a referida investigação. Após ser efetivamente notificada, a companhia avaliará as providências a serem tomadas para a defesa de seus interesses em relação ao assunto em tela.”
O Sintipel (Sindicato dos Papeleiros de Piracicaba), que representa a categoria de funcionários da Klabin, respondeu à redação por meio de nota.
“O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Artefatos de Piracicaba (Sintipel) tomou conhecimento, através da imprensa, da investigação aberta pelo Cade sobre a conduta de 33 empresas multinacionais, entre elas a Klabin, por possível formação de Cartel, de modo a ‘limitar a livre concorrência’ na seleção de profissionais no mercado de trabalho. Certamente, trata-se de uma questão grave, que coloca em risco não somente aspectos de natureza ética no ambiente de negócios, como também a integridade de salários e benefícios dos profissionais de maior qualificação, e com rebatimentos no quadro de trabalhadores com menores salários. Ressaltamos que as Entidades Sindicais não possuem assento nas estruturas do Cade, entretanto, o Sintipel acompanha com atenção, através do Portal do Ministério da Justiça e Segurança Pública, os desdobramentos dessa investigação, assim como tem atuado para garantir que todos os direitos dos trabalhadores assegurado em convenção coletiva e na CLT, sejam respeitados, assim como sejam assegurados ambientes seguros de trabalho. Sobre esta denúncia, certamente, vamos discuti-la no âmbito da Federação Estadual, bem como na Central Única dos Trabalhadores, onde nossa entidade é filiada.”
Atualmente com cerca de 1.000 empregados na cidade, a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil é investigada junto a outras 32 por fixar preços de mão de obra.