Vereadora Alessandra, de bandeira em prol de defesa dos animais, desiste de pleitear R$ 3,28 milhões para sua própria causa


Alessandra desistiu de castração itinerante, convênios com veterinárias, equoterapia para deficientes, vacinas e remodelação de instalação pública
(foto/crédito: Guilherme Leite)

Desta vez, como nas demais, ainda não rolou nem o famoso dito popular ‘despir um santo para cobrir outro’ no Legislativo. A vereança tinha em mãos nesta segunda, dia 18, 21 emendas para direcionar objetivamente verbas dentro do PPA (Plano Plurianual), todas elas com parecer favorável da Comissão de Legislação e Justiça, mas os próprios deixaram passar somente uma delas ou se auto sabotaram. 

O pior caso é de Alessandra Bellucci (AVA). Sob a bandeira dos direitos dos animais, a vereadora tinha cinco emendas de sua autoria, mas desistiu aos ‘45 do segundo tempo’, abrindo mão de todas pouco antes da votação. 

Ela destinava recursos ao serviço de castração itinerante para gatos e cachorros em bairros carentes (um aumento R$ 500 mil entre 2022 a 2025); convênios com clínicas veterinárias para atendimentos gratuitos (acréscimo proposto de R$ 1 milhão entre 2022 a 2025); convênio com a Esalq/USP para equoterapia destinada a deficientes (R$ 336 mil entre 2022 a 2025), vacinas e microchips para cães e gatos (R$ 450 mil entre 2022 a 2025); e remodelação do Departamento de Bem-Estar Animal da prefeitura (R$ 1 milhão entre 2022 a 2025) – num total de R$ 3,28 milhões. 

Outros dois casos semelhantes aconteceram com Cássio ‘Fala Pira’ (PL) e Paulo Camolesi (PSB). Cássio abriu mão da reserva de R$ 500 mil para asfaltamento da rua Benedito Sidney Novolette, localizada na Vila Rios. Já Camolesi desistiu dos R$ 600 mil para o Programa Farmácia Solidária – um projeto para receber doações e distribuir aos necessitados; vale lembrar que o vereador não conseguiu cadeira para um próximo mandato e deixa a Câmara em 2024. 

Já Laércio Trevisan Jr. (PL) e Pedro Kawai mantiveram em votação suas emendas. Laércio destinava R$ 400 mil para serviços de infraestrutura e drenagem de águas pluviais no bairro São Dimas; obras de prevenção de inundações e alagamentos nas imediações do Teatro Municipal, rodoviária e TCI (Terminal Central de Integração) com reserva de R$ 2,5 milhões; e recapeamento total da avenida Comendador Pedro Morgante a R$ 1,5 milhão – nenhuma delas foi aprovada.

Kawai pediu, e também não levou, quatro emendas para investimentos no Tiro de Guerra, que iriam de manutenções a custeios, como troca da rede elétrica e pagamento de aluguel para chefes de instrução, num total de R$ 600 mil. 

E Gilmar Rotta (PDT) estava com duas emendas para fechar projetos de pavimentação em asfalto: um para a estrada José Saul Quinelatto, no bairro Nova Suíça, de R$ 1,26 milhão e outro na estrada Zenaide Conversa Mazzero, bairro Conceição, aos R$ 250 mil. 

Do bololô todo, a vereança só aceitou passar a verba para projeto de asfalto da Zenaide Conversa. Em tempo: é para estudo de caso a votação da vereança que não apoia nem a si próprio no individual e nem no institucional.

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