O caixa da prefeitura ficou com saldo de R$ 1 bilhão até outubro deste ano, mostra o Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro) na base de dados do Tesouro Nacional – os números são informados ao Governo Federal pela própria administração municipal. No comparativo com o realizado até o quinto bimestre de 2023, a soma cresceu 14,9% em 2024 – na mesma data do ano passado, a ‘gordura’ fechou em R$ 855,17 milhões. O levantamento do O Diário Piracicabano mostra que ainda aguardam investimentos 26,33% dos recursos destinados para doze meses em 17 áreas, num total para o período de R$ 3,81 bilhão – em resumo, a administração municipal tem dois meses para investir um quarto dos mais de R$ 3 bi do ano, o que não foi feito em dez meses.
Para esta reportagem foram consideradas as áreas de Agricultura; Assistência Social; Ciência e Tecnologia; Comércio e Serviços; Cultura; Desporto e Lazer; Direitos da Cidadania; Educação; Gestão Ambiental; Habitação; Indústria; Saneamento; Saúde; Segurança Pública; Trabalho; Transporte; e Urbanismo.
No comparativo para saldo entre os meses de outubro de 2023 e 2024, o último ano da gestão Luciano Almeida (PP) acelerou investimentos em Assistência Social; Saúde; Trabalho; Urbanismo; Saneamento; Gestão Ambiental; Agricultura; Comércio e Serviços; e Desporto e Lazer. O recuo ficou para Segurança Pública; Educação; Cultura; Direitos da Cidadania; Habitação; Ciência e Tecnologia; Indústria; e Transporte.
A prefeitura foi questionada pela redação sobre o desempenho do período e, como sempre, não prestou quaisquer esclarecimentos.
‘CAIXA GORDO’
Como no fechamento de 2023, a área com mais sobra de verbas é a de Urbanismo, com um saldo para outubro de 2024 em R$ 230,39 milhões. Vale lembrar que esta área tem relação direta com a qualidade de vida na cidade por meio do planejamento do território. Conforme artigo da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), cerca de 60% da população mundial vive nas cidades. Este cenário na ‘terra da pamonha’ é bem mais delicado: apenas 1,85% da população local vive na zona rural, conforme dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados).
Os recursos nas três principais frentes do Urbanismo – infraestrutura, serviços e transporte coletivo – tiveram um excedente de, respectivamente, R$ 87,66 milhões (mi), R$ 137,41 mi e R$ 5,13 mi. No ranque geral, a segunda colocada com maior saldo foi Saúde (R$ 221,21 mi); a terceira, Saneamento (R$ 209,87 mi); e em quarto, Educação (R$ 170,63 mi). Veja todos os saldos das 17 áreas na tabela abaixo.
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