Secretaria estadual desmente secretário municipal de Saúde sobre nova licitação para administrar o Hospital Regional


Secretário municipal de Saúde 'se embanana' com informações sobre o Hospital Regional durante audiência pública; Governo do Estado não confirma e nem nega revisão do contrato da unidade gerida pela Unicamp
(foto/crédito: Rubens Cardia)

Rotulando como “boa notícia para dar esperança”, o secretário municipal de Saúde de Piracicaba, Marcelo Pinto de Carvalho, afirmou que o Hospital Regional de Piracicaba, no Santa Rita, está em processo de licitação de sua gestão – a unidade é administrada atualmente pela Unicamp. Entretanto, Pinto de Carvalho mentiu ou se enganou durante sua fala na audiência pública sobre a rede municipal de saúde, ocorrida no último dia 27, na Câmara de Vereadores. 

“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que o Hospital Regional de Piracicaba não se encontra em processo de chamamento público. O último contrato foi assinado em outubro de 2022 e possui vigência de cinco anos, finalizando, portanto, em 2027”, relata nota do Governo do Estado à redação – a prefeitura não se manifestou sobre o erro de informação do secretário. 

Um segundo ponto, também informado pelo secretário municipal na Câmara, é que a secretária executiva estadual de Saúde, Priscilla Perdicaris, informou, durante o 2º Fórum de Experiências Exitosas, que irá rever em 2025 o contrato do mesmo Hospital Regional – a assessoria do Estado não confirmou esta informação, mas também não negou; e também não prestou esclarecimentos sobre quais as principais preocupações quanto a unidade na cidade. 

Um terceiro ponto – este o secretário acertou – é que a Unicamp deixou de gerir o AME (Ambulatório Médico de Especialidade) Piracicaba. Quem assume é a OSS (Organização Social de Saúde) do Seconci-SP (Serviço Social da Construção do Estado de São Paulo). 

Conforme a entidade, habilitado como Hospital Dia, o AME local atende nas especialidades de cirurgia geral e vascular; dermatologia; cardiologia; cirurgia plástica; oftalmologia; e anestesiologia – ao mês, são 1.700 consultas médicas contratadas, 580 cirurgias ambulatoriais contratadas e 210 ultrassonografias.

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