Rápidas da vereança: baboseiras sobre patrimônio e groselha sobre mandato de Luciano Almeida (PP) marcam início das sessões camarárias de 2025



Vereador Paraná apresentou croqui bizarro para o coreto da praça Zé Bonifácio, Centro
(foto/crédito: reprodução/sessão camarária)

As duas primeiras sessões camarárias de 2025 foram marcadas por baboseiras sobre o patrimônio municipal. A primeira, no último dia 3, teve o vereador Valdir Paraná (PSD) sugerindo murar o coreto da praça José Bonifácio, Centro, um bem tombado, para transformar o local em base da GCM (Guarda Civil Municipal). 

Na segunda, dia 6, sexta passada, o vereador de extrema direita Renan Paes (PL) atacou o pedido de tombamento em nível estadual para a Rua do Porto, no Condephaat, dizendo que nenhum proprietário de imóveis na região poderia bater um prego sem pedir autorização ao Conselho Estadual do Patrimônio. 

Ele desconsidera – ou desconhece – que o processo pode abrir linhas de financiamentos públicos mais ‘gordas’, contribuindo com a manutenção do desenvolvimento econômico e o turismo (fato é que a beira-rio não é atrativa por ter torres residenciais e Mc'Donalds) – o tombamento estadual poderia adicionar uma barreira a, por exemplo, para o projeto péssimo da avenida Alidor Pecorari e dar a deixa para uso público da fábrica como extensão cultural do Engenho Central. 

LUCIANO PREJUDICADO

Ainda na mesma linha, também no dia 3, Josef Borges (PP), que continua como líder de governo na Câmara, soltou a groselha de que a oposição no Legislativo não deixou o ex-prefeito Luciano Almeida (PP) governar – atribuindo à vereança a má votação do então Chefe do Executivo, o que não é verdade porque a Câmara deixou passar praticamente tudo que vinha da prefeitura e, por favor, sejamos realistas, a oposição se concentrava em pouquíssimos parlamentares. 

OUTRO PAPO

Mas na sessão de sexta rolaram denúncias mais sérias, como a de Laércio Trevisan Jr. (PL) sobre a indústria de multas quanto aos novos radares de velocidade em licitação da fase Luciano Almeida (PP) e problemas graves na educação piracicabana. 

O ex-presidente da Câmara, Wagnão Oliveira (PSD), mesmo partido do prefeito Helinho Zanatta, relatou que a direção de uma escola da rede municipal chegou a decidir informalmente sobre o caso de saúde de um aluno, negando que o mesmo está dentro do espectro autista a fim de não ter atendimento 'extra' – o vereador não expôs nomes e recomendou aos pais um documento formal da escola. 

Ainda na seara da educação pública, Rai de Almeida (PT) comentou sobre a falta de professores, o fim das horas extras e o agrupamento de turmas em classes com professor disponível, excedendo o número de alunos por sala. 

A VOLTA DA CULTURA

A notícia boa para a cultura piracicabana veio de Rai. Com uma audiência pública prestes a acontecer sobre o desmonte do Comcult (Conselho Municipal de Política Cultural) – com membros de votação popular substituídos na então gestão Luciano Almeida (PP) por instituições do Sistema S e outras – deve ser revista. Carlos Beltrame, titular da Semac (Secretaria Municipal de Ação Cultural), se comprometeu a enviar para o Legislativo um projeto de lei para consertar o erro cometido em 2023, e que inviabiliza a gestão do Fundo Municipal de Cultura. O fio da meada deste debate foi puxado pelo gabinete de Silvia Morales (Mandato Coletivo/PV) na promoção recente do Fórum de Cultura, realizado no Legislativo.

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