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Unidade fabril da Arcelor em Piracicaba (foto/crédito: divulgação) |
Depois da repercussão da manchete do O Diário Piracicabano sobre o alerta quanto à taxação de 25% do aço defendida pelo presidente estadunidense Donald Trump, o Simespi (sindicato patronal da indústria em Piracicaba), distribuiu à imprensa ontem, dia 17, um texto colocando panos quentes ao defender que os “EUA compram apenas 5% do aço produzido pela RMP” (Região Metropolitana de Piracicaba).
A entidade procurou o mesmo grupo da Esalq/USP para contra-argumentar não haver algum nível de preocupação. Conforme as informações do Simespi, a pesquisadora-membra do Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba, Cristiane Feltre, foi a fonte sobre os 5%.
Mas, no parágrafo seguinte, a mesma revela que a porcentagem não leva em conta a produção da Arcelor Mittal – a maior produtora de aço no Brasil e que não é associada ao Simespi – colocando em xeque o cálculo da demanda regional para exportação aos EUA.
“A Arcelor Mittal, uma das maiores produtoras de aço do mundo e com usina em Piracicaba, não tem seus dados de produção contabilizados [nos 5%] em razão de seu domicílio fiscal não estar no município” – em artigo exclusivo do economista Francisco Crocomo, o dado é de 42% em exportações daqui, em todo 2024, só da cidade para os Estados Unidos.
Assim, com a informação do Simespi, não dá para conhecer o peso da região e a conta fica bem capenga sem o maior player do segmento, e totalmente maquiada. Por fim, como o jornal apresentou em sua reportagem, o presidente do Simespi, Erick Gomes, considera a possibilidade de “queda na demanda e necessidade de ajuste na produção”.
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