Helinho abandona agenda local para dar quórum ao governador Tarcísio e manda proposta de reajuste de salário aos servidores no 'zap zap'


Diretores sindicais receberam confirmação da prefeitura para pagamento da reposição inflacionária pedida em assembleia aos 5% sem o protocolo oficial
(foto/crédito: Sindicato dos Trabalhadores Municipais)

Os servidores municipais foram para a terceira assembleia da campanha salarial nesta quinta, dia 27, a fim de decidir sobre uma nova proposta não oficializada (enviada via WhatsApp) de Helinho Zanatta (PSD) quanto a aumento de 5%, indo ao encontro do pedido pela classe para reposição da inflação – o que foi aprovado. O debate e consulta à categoria atraíram um grande número de pessoas, interditando a rua em frente ao Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba, no Centro. 

A reivindicação foi de Plano de Carreira, parcelamento do aumento real – para junho e julho – e críticas ao prefeito, que subiu salários dos comissionados, mas alega falta de caixa para os servidores, somada à insatisfação visceral quanto à sua promessa de campanha de valorização do servidor. Também pegou mal o corte do prefeito às bolsas de estudos, inviabilizando a profissionalização da categoria. Para aumento real e vale foi decidido a formação de comissão paritária de negociação junto à prefeitura, com direito à voz e veto. 


Servidores protestam por benefícios conquistados: programa Café da Manhã é falho
(foto/crédito: Sindicato dos Trabalhadores Municipais)

O amargo da negociação ficou tanto para o sindicato, mas principalmente para o governo, com Helinho em comunicação informal aos servidores de reajuste inflacionário ao se ater em uma semana crucial, entre estas quarta e quinta-feira, a agendas na Capital paulista e anúncio de investimentos na Klabin em detrimento à principal mão de obra da prefeitura. 

Também tem o amargo da gestão passada, em momento de greve legal durante Luciano Almeida (PP) que gerou um revés de perdas de salários – vale destacar aqui a sina de políticos eleitos de direita, pouco combativos em favor ao trabalhador, ponto posto em assembleia quanto ao, digamos, 'voto errado' da categoria. 

A primeira contraproposta do prefeito foi de aumento de 3,64% quanto à recomposição inflacionária entre março de 2024 e fevereiro de 2025, vale alimentação de R$ 270 (servidores ativos), manutenção da cesta básica a aposentados e pensionistas e vergonhosos R$ 25 ao mês em substituição do programa Café da Manhã, instituído pelo então prefeito José Machado (PT) em 2001. 

Os servidores querem reajuste de 9% – composto por 5% de reposição inflacionária e 4% de aumento real – e vale no valor de R$ 1.000, mantendo a cesta básica aos aposentados; servidores da Câmara de Vereadores têm o mesmo benefício de R$ 1.200, o que causa uma azia entre trabalhadores. 

Vale destacar também que Helinho tem margem para incremento aos servidores em mais de 10 pontos percentuais sem descumprir com a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Segundo o diretor e advogado do sindicato, José Osmir Bertazzoni, não será tão fácil tirar o Café da Manhã dos servidores porque o benefício é uma lei municipal e a Câmara de Vereadores não deve trabalhar contra a categoria. 

Ontem à tarde, o clima geral foi de insatisfação entre um grupo de mais de 500 trabalhadores e, diante da situação, a temperatura para greve começou a se formar sob o gatilho de paralisação já disparado em Limeira, mas a direção apontou para negociação durante a noite. 

Josef Borges (PP), líder de governo na Câmara, defendeu a gestão Helinho na sessão de segunda, dia 24. “O Executivo está em negociação e disposto a um diálogo aberto e franco porque reconhece a importância de todos os servidores para o desenvolvimento e governabilidade do município”, disse. 

Em tempo: Helinho deveria dar menos atenção ao governador Tarcísio de Freitas (REP), o carioca dos novos pedágios na SP-304, e cuidar mais do ambiente doméstico.

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