O primeiro balanço dos cofres públicos e investimentos na gestão Helinho Zanatta mostra retirada de verbas em R$ 206,31 milhões em urbanismo, gestão ambiental, cultura, transporte e desporto/lazer. O cálculo é feito com base no comparativo entre os primeiros bimestres de 2024 e 2025. Os dados constam no Relatório de Execução Orçamentária declarados pela gestão municipal ao Siconfi (Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro) da Secretaria do Tesouro Nacional.
Queda maior no urbanismo
O prefeito ‘passou a faca’ neste segmento em R$ 186,11 milhões. O ex Luciano Almeida (PP) iniciava o ano passado destinando R$ 428,97 milhões (mi) e Helinho, R$ 242,85 mi. Este é o maior corte dentre os quatro segmentos, aos -43,38%. A maior queda em urbanismo foi quanto à infraestrutura, de -67,72% – despencando de R$ 201,44 mi para R$ 65,02 mi.
Caiu também o volume de recursos para serviços urbanos, como gestão de cemitérios, aos -32,5%, indo de R$ 201,44 mi para R$ 138,33 mi. Houve um terceiro recuo em transporte coletivo, aos -42,67%, com caixa no ano passado em R$ 38,99 mi e R$ 22,35 mi neste ano.
Outros três segmentos
Continuando no comparativo de orçamentos entre Luciano e Helinho, o segundo maior breque aconteceu em gestão ambiental, aos R$ 17,17 mi – queda de -6,89% entre R$ 248,95 mi e R$ 231,78 mi. Nos subsegmentos os impactos em Preservação e Conservação Ambiental foi de -8,88%; em Controle Ambiental, -7,78%; e Recursos Hídricos, - 51,3%.
Em terceiro na lista de corte ficou a cultura, com redução de R$ 2,41 milhões – que muito provavelmente foram para a recém-criada Secretaria Municipal de Turismo. Perdeu também transporte, com redução de R$ 382 mil. E, na rabeira, a mordida para desporto e lazer ficou em menos R$ 230,62 mil.
Onde foi parar a grana?
Conforme mostra o Siconfi, que reúne dados informados ao governo federal pela própria prefeitura, o prefeito Helinho centrou o poder de fogo das verbas públicas em saúde e educação, com uma injeção extra total de R$ 201,94 milhões, valor próximo ao corte verificado nos quatro segmentos citados. A saúde pública ganhou mais R$ 127,44 mi (+20,57%) e o ensino, R$ 74,46 mi (+12,72%).
A prefeitura foi procurada pela reportagem para comentar os dados, mas não houve qualquer manifestação.
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