400 famílias do MST reforçam denúncia contra Usina São José por crime ambiental e pedem área para produção agroecológica


Piracicaba está entre os municípios foco da Jornada Nacional contra concentração de terras
(Foto/crédito: comunicação/MST)

A área da Usina São José, multada pela Cetesb pela maior poluição do Rio Piracicaba em meados de 2024, foi alvo de ocupação de 400 famílias nesta segunda, dia 7. Membras do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), a ação teve por objetivo provocar uma denúncia pública do crime cometido e pressionar o Estado de SP para arrecadar as terras para a reforma agrária. 

Os atos em Piracicaba integra a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que busca realizar mobilizações de caráter massivo para fazer enfrentamentos à concentração de terras no País e crimes ambientais. 

Já no início da tarde, os relatos da coordenação da ocupação eram de uma forte repressão pela Polícia Militar que resultou na retirada das famílias da usina. O MST então foi para a praça José Bonifácio para levar sua manifestação contra a mortandade de peixes e mau uso da terra. 

“Estamos aqui para denunciar que o agronegócio representa a morte, tanto dos peixes e animais, como da vida humana porque muita gente foi afetada. Nosso objetivo é produzir alimentos para a população da região de Piracicaba e Campinas, alimentos sem veneno, através da agroecologia, por isso exigimos dos órgãos responsáveis a realização de assentamentos das famílias sem-terra nas terras da Usina São José e do Grupo Farias”, disse em entrevista um dos membros da coordenação do movimento, Márcio Santos. 

Mais ao fim da tarde, a usina se manifestou e, como das outras vezes, negou ser a responsável pelo grave prejuízo ambiental no Piracicaba.

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